Tráfico x milícia: 7 bandidos que saíram da Maré para disputa na Zona Oeste são presos; fuzis e droga foram apreendidos
10/02/2024
(Foto: Reprodução) Guerra de facções no Rio piorou desde o começo do ano passado. Pelo menos 100 mil pessoas que vivem nas comunidades e bairros conflagrados dessa região. Armamento e drogas encontrados com os bandidos
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Sete homens foram presos e quatro fuzis foram apreendidos, na madrugada deste sábado (10), na Avenida Brasil, na altura da Vila Kennedy, na Zona Oeste. Os criminosos seriam ligados a maior facção do estado.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) receberam informações do setor de inteligência da unidade sobre o deslocamento de criminosos do Complexo da Maré em direção à Zona Oeste da cidade — para uma disputa por território.
Um cerco foi montado e o carro usado pelos bandidos foi interceptado pelos PMs.
Durante a abordagem, os agentes encontraram com os suspeitos quatro fuzis calibre 7.62, munições, drogas, quatro rádios transmissores e roupas camufladas.
Segundo os PMs, o automóvel usado pelos suspeitos constava como roubado e foi recuperado. De acordo com os agentes do BPVE, não houve troca de tiros.
O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu).
Guerra do tráfico com a milícia atinge mais de 100 mil habitantes
A guerra da maior facção contra a milícia na Zona Oeste do Rio tem levado medo e terror para pelo menos 100 mil pessoas que vivem nas comunidades e bairros conflagrados dessa região. Os confrontos já duram pelo menos um ano.
O número de moradores afetados pode ser ainda maior, já que os dados disponíveis sobre a população desses locais são do último Censo do IBGE, de 2010.
O que não tem mudado é a rotina de tiroteios, toques de recolher e sinalizações imposta a moradores para acessar suas casas. Em alguns lugares, os motociclistas são proibidos de usar capacetes e motoristas não podem andar com os vidros fechados.
Desde maio de 2022, traficantes têm avançado pela Zona Oeste – historicamente dominada pela milícia -, e já tomaram pelo menos 12 comunidades em Jacarepaguá, Taquara e Praça Seca.
