Exposição no Dragão do Mar, em Fortaleza, celebra a festa como arte e resistência; conheça o “Bloco do Prazer”

  • 19/12/2025
(Foto: Reprodução)
Exposição "Bloco do Prazer" estreia em Fortaleza celebrando a cultura cearense Partindo da ideia da festa como força estética e política, a exposição “Bloco do Prazer” já pode ser visitada no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. Esta é a dica do Guia de Lazer do g1 desta sexta-feira (19). A mostra ficará em cartaz até maio de 2026. O g1 conversou com Marcelo Campos, um dos curadores da exposição, para entender os detalhes da mostra e sua importância para o Ceará. Ele adianta que o nome "Bloco do Prazer" tem inspiração na canção de mesmo nome de Fausto Nilo e Moraes Moreira. Alegria e celebração norteiam o projeto, que contará com obras de cearenses. LEIA TAMBÉM: Nise da Silveira transformou a psiquiatria brasileira com afeto e arte Mercados revelam riqueza da culinária e do artesanato de Fortaleza "Ela parte de uma sensação que temos no Brasil de momentos com muito cerceamento da liberdade de expressão e dos modos como as festas de várias regiões são importantes para a gente demonstrar posicionamento político, manifestação. A exposição costura relações onde a festa, por um lado, é uma condição política e, por outro, ela também é a celebração, a alegria", conta Marcelo. Exposição “Bloco do Prazer” estreia em Fortaleza celebrando a cultura nordestina e cearense. Postal "Tesão no forró" de Nair Benedicto. Em Fortaleza, a exposição reúne 250 obras, trazendo diferentes períodos, linguagens, acervos e perspectivas. Na nova fase, estão reunidos mais de 30 artistas cearenses. Manifestações como os Tesouros Vivos da Cultura, maracatus, reisados, bois, mestres e mestras da cultura popular foram incorporados. Dos cearenses, nomes como Zé Tarcísio, Luiz Hermano, Charles Lessa, Heloísa Juaçaba e o Mestre Chico Emília, Roberto Galvão, Nicolas Gondim, Blecaute, Raimundo Cela e Estrigas fazem parte da mostra. "A gente, no primeiro texto da exposição, chama a festa de inversão da ordem. Então, é também essa insurgência, esse corpo insurgente, essa manifestação que se organiza na desorganização também, os modos como as festas vão burlando o sentido, digamos, normativo a partir de vários aspectos, através das discussões de gênero, das questões raciais, da questão da própria classe social - o quanto as classes menos afortunadas do Brasil são aquelas que vão fazer as festas que depois viram as marcas identitárias nacionais", pontua o curador. Ainda de acordo com a organização da mostra, entre as novas produções estarão expostos 14 trabalhos de produção recente (2020–2025) ou comissionados contemporâneos (obras feitas por encomenda), "explorando corpo, som, rito, movimento e ocupação da rua". Das obras inéditas, estão "Cariri Delícia", de Charles Lessa (veja no topo da matéria). "A importância de incluir o Charles Lessa nessa mostra é imensa, primeiro por ser um expoente da produção do Ceará e, obviamente, de uma produção hoje nacional, e também porque Charles vai trazer um aspecto do prazer e de interesse pelo corpo masculino. Tem ali um caráter homoerótico também nas próprias pinturas, homens de sunga se exibindo. Além disso, estando ele no sertão do Brasil, na própria pintura mural que ele fez para o Bloco do Prazer, nós vemos referências a artistas do interior do Ceará", detalha Marcelo Campos. A atração se torna excelente opção de lazer cultural para a temporada de verão na região. Reisado de Couro do Mestre Antônio Luiz, de Augusto Pessoa. As obras abrangem mais de 10 técnicas e linguagens, incluindo pintura, fotografia, instalação, vídeo, arte têxtil e obras híbridas, com forte presença de expressões afro-brasileiras e afro-indígenas, celebrações religiosas e cortejos urbanos. "A mostra fala de festas, como existir, como criar, resistir. A exposição fica em cartaz até maio de 26o Fi muito boa a abertura e eu acho que já causa esse impacto no próprio museu, da possibilidade da cidade também ver seus artistas e suas artistas ali convidadas e convidados para o projeto", conclui o curador. A exposição “Bloco do Prazer” compreende a festa como uma linguagem cultural potencializada, diz curadoria. Postal "A cisgeneridade é uma ruína", de Barbara Banida, Arrudas Maria e Mateus Falcão. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/12/19/exposicao-no-dragao-do-mar-em-fortaleza-celebra-a-festa-como-arte-e-resistencia-conheca-o-bloco-do-prazer.ghtml


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