Agressão contra mulher em elevador no DF: veja a linha do tempo desde o crime e entenda os próximos passos
09/08/2025
(Foto: Reprodução) Homem espanca mulher com dezenas de socos e cotoveladas em elevador no DF
O empresário Cleber Lúcio Borges, de 55 anos, agrediu a companheira com cotoveladas e socos em um elevador no Guará, no Distrito Federal, na última sexta--feira (1°).
Foram pelo menos 14 golpes entre socos, cotoveladas, chutes e empurrões (veja vídeo acima). A mulher, de 34 anos, foi levada ao hospital, no sábado (2), com edemas pelo corpo e passou cinco dias internada.
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Desde domingo (3), quando a mãe da vítima visitou a filha no hospital e denunciou o caso à Polícia Civil, houve uma série de providências para a investigação do crime (veja abaixo a linha do tempo).
Linha do tempo após a agressão
Domingo (3): a mãe da vítima denunciou o caso à Polícia Civil.
Quarta-feira (6): Cleber Lúcio Borges foi preso no apartamento onde vivia com a vítima. Policiais encontraram duas armas de fogo sem registro e mais de 500 munições para diferentes calibres.
Quarta-feira (6): Ministério Público do DF e o Tribunal de Justiça do DF pediram o prontuário ao hospital com informações sobre exames, laudos e procedimentos realizados no atendimento da vítima.
Quinta-feira (7): Cleber Lúcio Borges fica em silêncio durante depoimento e é levado para o Complexo Penitenciário da Papuda. Homem cumpre prisão preventiva.
Cleber Lúcio Borges é investigado por lesão corporal qualificada por violência doméstica, conforme previsto na da Lei Maria da Penha, e posse ilegal de arma. O homem não tem antecedentes criminais.
Próximos passos
Cleber Lúcio Borges, de 55 anos, agrediu a companheira dentro de elevador no Guará
reprodução
Após a prisão preventiva de Cleber Lúcio Borges, a investigação da Polícia Civil segue em andamento. Entenda abaixo os próximos passos:
A investigação, iniciada com a comunicação da prática do crime, no domingo (3), já ouviu a vítima, o agressor e coletou provas como o vídeo do elevador.
Depois da conclusão da investigação, a polícia faz um relatório e envia o caso para análise do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
O Ministério Público pode arquivar o caso, solicitar novas investigações ou oferecer a denúncia se houver provas suficientes para acusar Cleber Lúcio Borges do crime.
Se o Ministério Público apresentar denúncia, um juiz ou uma juíza do Distrito Federal vai analisar o caso e avaliar se há elementos mínimos para que Cléber responda a um processo.
Caso encontre esses elementos mínimos, a Justiça abre uma ação penal. Com isso, o denunciado passa a ser réu.
Ao g1, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) informou que ainda não houve pedido de medida protetiva porque, inicialmente, a vítima estava internada e o agressor, preso.
O órgão afirma que o caso seguirá sendo monitorado para reavaliação.
Início da agressão
Cleber Lúcio Borges, de 55 anos, agrediu a companheira dentro de elevador no Guará
reprodução
A mãe da vítima relatou para a polícia que, na sexta, o casal estava em um casamento. No caminho para casa, eles discutiram no carro e o suspeito pediu que a mulher saísse do veículo, porque "daria uma lição nela".
O homem desceu do carro e a mulher conduziu o veículo até o condomínio. Cleber Lúcio Borges chegou antes.
A mulher ligou para uma amiga, relatou a discussão e pediu para dormir na casa dela porque estava preocupada. No condomínio, ela subiria até o apartamento para pegar roupas e o cachorro.
Quando ela pediu o elevador, se deparou com Cleber, que logo iniciou as agressões.
Vizinhos ouviram a vítima pedindo socorro e gritando e a PM foi acionada. Os policiais foram até o local, mas a vítima optou por não dar detalhes do caso naquele momento.
A mãe relatou à polícia que o casal estava junto há 17 anos e as agressões eram "rotineiras". A vítima, de 34 anos, nunca denunciou o companheiro e ele não possui antecedentes.
O que diz o agressor
Leia abaixo a nota enviada à TV Globo pelo advogado Thyago Batista Ribeiro, que atua na defesa de Cléber Lúcio:
"A defesa técnica do investigado informa que as manifestações necessárias ocorrerão nos autos do processo. O caso está em fase de apuração, e as condutas mencionadas em reportagem ainda não foram objeto de denúncia. Todas as medidas de defesa cabíveis estão sendo tomadas. O investigado tem total interesse na elucidação dos fatos e reitera sua idoneidade."
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